DBS para Parkinson: Mitos e verdades sobre a Estimulação Cerebral Profunda
Postado em: 07/10/2024
Você já ouviu falar sobre a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) como tratamento para a doença de Parkinson? Essa tecnologia tem se mostrado eficaz no controle dos sintomas, muitas vezes trazendo resultados surpreendentes, especialmente para pacientes que não encontram mais alívio nos tratamentos convencionais.
Embora seja um procedimento avançado, a DBS é segura e oferece muitos benefícios. No entanto, é natural que surjam dúvidas. Estou aqui para esclarecer os principais mitos e verdades e mostrar como essa técnica pode melhorar o conforto e a qualidade de vida de quem convive com Parkinson.
O que é a Estimulação Cerebral Profunda?
A Estimulação Cerebral Profunda (DBS) é uma técnica que utilizo para tratar pacientes com doenças neurológicas, principalmente aqueles que enfrentam os desafios do Parkinson.
Esse procedimento envolve a implantação de eletrodos em áreas específicas do cérebro, que são conectados a um dispositivo semelhante a um marca-passo localizado no tórax.
O dispositivo emite impulsos elétricos controlados, ajudando a regular os sinais cerebrais responsáveis pelos sintomas do Parkinson. A cirurgia requer precisão e utiliza tecnologia de imagem avançada para garantir o posicionamento exato dos eletrodos.
Após a implantação, ajusto os parâmetros dos impulsos para otimizar o alívio dos sintomas e minimizar os efeitos colaterais. A DBS tem se mostrado eficaz para pacientes que não obtiveram sucesso com outras terapias.
Se você ou alguém próximo está lidando com o Parkinson, estou à disposição para realizar um diagnóstico e avaliar se a cirurgia de DBS é a opção ideal para o seu caso.
Mitos vs Verdades sobre DBS para Parkinson
1. A DBS cura a doença de Parkinson.
MITO! A Estimulação Cerebral Profunda (DBS) não é uma cura para o Parkinson. Ela é uma ferramenta que ajuda a controlar sintomas como tremores, rigidez e dificuldades motoras, mas não interrompe a progressão da doença. É fundamental que os pacientes tenham expectativas claras e realistas sobre o tratamento.
2. A DBS é mais eficaz para pacientes que não respondem bem a medicamentos.
VERDADE! Para os pacientes que não obtêm alívio dos sintomas com medicamentos ou que sofrem efeitos colaterais dos remédios, a DBS pode ser uma alternativa eficaz. Ela ajuda a reduzir tremores, melhora a mobilidade e, muitas vezes, diminui a necessidade de altas doses de medicação.
3. Qualquer paciente com Parkinson pode receber DBS.
MITO! Nem todos os pacientes são candidatos à DBS. O procedimento é mais indicado para quem responde bem à levodopa, mas já enfrenta complicações motoras. Cada caso é único e deve ser cuidadosamente avaliado.
4. A DBS requer ajustes e acompanhamento contínuo.
VERDADE! Após a cirurgia, é essencial ajustar o dispositivo para atender às necessidades de cada paciente. Consultas regulares são necessárias para monitorar a eficácia do tratamento e realizar os ajustes conforme a evolução dos sintomas.
5. A DBS é uma cirurgia de alto risco.
MITO! Embora toda cirurgia envolva riscos, a DBS é considerada segura quando realizada por uma equipe médica experiente e qualificada. Os riscos são comparáveis a outros procedimentos neurocirúrgicos e incluem infecção ou hemorragia, mas são bem controlados.
6. A DBS é apropriada apenas para pacientes idosos.
MITO! A idade não é uma limitação para a DBS. O tratamento pode ser indicado tanto para pacientes mais jovens quanto para os mais velhos, desde que os sintomas impactem a qualidade de vida e as medicações não estejam oferecendo controle adequado.
7. A DBS melhora a qualidade de vida do paciente.
VERDADE! Muitos pacientes relatam uma melhoria significativa nos sintomas após a DBS, resultando em uma vida mais independente e menor dependência de medicamentos. Essa transformação impacta positivamente a qualidade de vida do paciente e de sua família.
8. A DBS pode ser feita em qualquer fase do Parkinson.
MITO! A DBS é mais eficaz em estágios intermediários da doença, quando o paciente ainda responde bem aos medicamentos, mas começa a experimentar flutuações e discinesias. Em estágios muito avançados, pode não ser benéfica.
9. A DBS pode reduzir a quantidade de medicamentos utilizados pelo paciente com Parkinson.
VERDADE! Um dos principais benefícios da DBS é a possibilidade de reduzir a dosagem de medicamentos, minimizando os efeitos colaterais associados ao uso prolongado.
10. A cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda é indicada apenas para pacientes com tremor.
MITO! Embora o tremor seja um dos sintomas que mais se beneficiam da DBS, a cirurgia também é eficaz no tratamento da lentidão dos movimentos, rigidez e “travamentos”. Pacientes com tremores leves ou ausentes podem se beneficiar da DBS se esses outros sintomas forem predominantes.
11. A DBS é reversível.
VERDADE! Ao contrário de cirurgias como a palidotomia, a DBS é reversível. O dispositivo pode ser desligado ou removido, se necessário, embora isso seja raro. Essa característica oferece uma segurança adicional para os pacientes que optam por esse tratamento.
12. A DBS é visível externamente e sempre envolve grandes equipamentos.
MITO! Os dispositivos de DBS são implantados internamente, com o gerador de pulsos colocado de forma discreta sob a pele do peito, semelhante a um marca-passo. Assim, o equipamento é praticamente invisível e não interfere na aparência do paciente.
Espero que estas explicações ajudem a desmistificar a DBS e a entender melhor como ela pode ser uma opção de tratamento valiosa. Confira mais informações sobre a DBS!
Se você ou algum ente querido está em busca de tratamentos eficazes para o Parkinson, estou aqui para orientá-lo sobre como a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) pode fazer a diferença.
Tenho um compromisso profundo com a melhoria da qualidade de vida dos meus pacientes através de abordagens inovadoras e personalizadas. Clique aqui e agende hoje mesmo sua consulta!
Dr. Anselmo Boa Sorte
Neurocirurgião Especialista em Coluna e Dor
CRM-BA: 27243 | CRM-SP: 178490| RQE 21297 (BA) | RQE 93157 (SP)
Leia também: