Estimulação Cerebral Profunda (DBS): o que é e como funciona?

Postado em: 20/02/2023

A Estimulação Cerebral Profunda (ECP) é uma técnica cirúrgica que tem sido usada com sucesso para tratar uma variedade de condições neurológicas. Esse é um tratamento avançado que envolve o uso de um dispositivo implantado no cérebro para fornecer estimulação elétrica. 

Neste artigo, exploramos como a ECP é realizada e como é a vida após o procedimento. Tenha uma boa leitura!

Estimulação Cerebral Profunda

O que é a Estimulação Cerebral Profunda?

A ECP é uma técnica cirúrgica que envolve a implantação de eletrodos em áreas específicas do cérebro. Esses eletrodos são conectados a um gerador de pulsos, que fornece estimulação elétrica de alta frequência para as áreas cerebrais-alvo.

A ECP é usada principalmente como tratamento para distúrbios neurológicos, incluindo a doença de Parkinson, tremores essenciais, distonia e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Em alguns casos, ela também pode ser usada para tratar a depressão e outras condições psiquiátricas.

A técnica funciona alterando a atividade elétrica do cérebro nas áreas-alvo. Acredita-se que a estimulação elétrica possa ajudar a regular as redes neurais disfuncionais, reduzindo assim os sintomas associados a esses distúrbios.

Antes de realizar a ECP, é feita uma avaliação cuidadosa para determinar se o paciente é um candidato adequado para o procedimento. Isso pode envolver testes neurológicos, exames de imagem, avaliação psicológica e outras medidas.

Durante o procedimento, o paciente é sedado e o cirurgião faz uma pequena incisão no crânio para acessar as áreas cerebrais-alvo. Os eletrodos são então implantados nessas áreas e conectados a um gerador de pulsos, que é colocado sob a pele na região do tórax.

Depois que os eletrodos são implantados, o paciente passa por um período de ajuste para otimizar as configurações do gerador. Isso pode levar algumas semanas ou meses e pode envolver visitas regulares ao médico para ajustar as configurações.

A ECP é geralmente considerada segura e eficaz para o tratamento de distúrbios neurológicos selecionados. No entanto, como em qualquer procedimento cirúrgico, há riscos associados, incluindo sangramento, infecção, lesão cerebral e problemas com o dispositivo implantado.

Por isso, a ECP é realizada apenas em pacientes cuidadosamente selecionados que podem se beneficiar do tratamento e que entenderam e consentiram com os riscos e benefícios envolvidos.

Como é feita a Estimulação Cerebral Profunda? 

A técnica de Estimulação Cerebral Profunda é realizada em várias etapas, descritas a seguir:

  • Anestesia: Durante a cirurgia, o paciente é sedado e anestesiado para evitar dor e desconforto. A cabeça é mantida em uma posição fixa para permitir o acesso às áreas cerebrais-alvo;
  • Colocação dos eletrodos: O cirurgião faz uma pequena incisão no couro cabeludo para acessar o cérebro. Usando imagens de ressonância magnética (MRI) ou tomografia computadorizada (TC), o médico guia os eletrodos até as áreas cerebrais-alvo. Os eletrodos são então fixados no lugar com parafusos e cimento ósseo;
  • Implantação do gerador de pulsos: Uma vez que os eletrodos são fixados no lugar, o gerador de pulsos é implantado em uma bolsa subcutânea na parte superior do peito. O dispositivo é conectado aos eletrodos por meio de fios finos que passam sob a pele;
  • Ajustes do dispositivo: Após a cirurgia, o paciente precisa passar por um período de ajustes do dispositivo para otimizar as configurações de estimulação elétrica. Isso envolve a mudança de parâmetros, como a frequência, a amplitude e a duração dos pulsos elétricos. Os ajustes são realizados por meio de um controle remoto sem fio;
  • Acompanhamento: Depois da cirurgia, o paciente é acompanhado de perto pelo médico para monitorar a eficácia e a segurança do tratamento. O ajuste do dispositivo pode ser necessário de tempos em tempos, dependendo da resposta do paciente à estimulação elétrica.

Como é a vida depois da Estimulação Cerebral Profunda?

A Estimulação Cerebral Profunda (ECP) pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes que sofrem de condições neurológicas graves, como a doença de Parkinson, tremores essenciais e distonia. A seguir, estão algumas informações sobre como é a vida após a ECP:

Melhora dos sintomas 

A ECP pode ajudar a melhorar os sintomas da doença, como tremores, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão de movimento) e distonia. Isso pode permitir que os pacientes realizem atividades diárias com mais facilidade e melhorem sua qualidade de vida.

Redução dos medicamentos

A ECP pode ajudar a reduzir a quantidade de medicamentos que os pacientes precisam tomar para controlar seus sintomas. Isso pode reduzir o risco de efeitos colaterais indesejados associados ao uso prolongado de medicações.

Acompanhamento médico regular

É importante que os pacientes continuem a ser acompanhados de perto pelo médico após a ECP. O médico pode monitorar a eficácia do tratamento e garantir que o paciente esteja recebendo a estimulação elétrica correta.

Adaptação a mudanças na vida diária

A melhora dos sintomas pode permitir que os pacientes realizem atividades diárias com mais facilidade, o que pode levar a mudanças na rotina. Os pacientes podem precisar se adaptar a essas mudanças e fazer ajustes em sua vida.

Riscos e limitações

Embora a ECP possa ser eficaz no controle dos sintomas, ainda há riscos associados à cirurgia e ao uso do dispositivo implantado. Os pacientes devem estar cientes desses riscos e limitações e tomar as precauções necessárias para garantir sua segurança.

Em geral, a vida após a ECP pode ser significativamente melhorada para os pacientes que sofrem de condições neurológicas graves. Com o tratamento adequado e o acompanhamento médico regular, é possível experimentar uma melhora significativa em sua qualidade de vida.

A “ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA” pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. para realizar esse tratamento da melhor forma possível, é o importante contar com um bom neurocirurgião, que tenha experiência na área e desenvolva uma boa comunicação com o indivíduo.

Esperamos que tenha gostado de saber mais sobre esse procedimento.  o D não deixe entrar em contato para agendar uma consulta com o Dr. Anselmo!

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