Tudo o que você precisa saber sobre o Marca-passo Cerebral

Postado em: 22/05/2023

O Marca-passo Cerebral é uma opção de tratamento para pacientes com doenças neurológicas que não respondem aos tratamentos convencionais. A colocação do dispositivo é um procedimento cirúrgico  que requer uma equipe médica especializada e cuidados pós-operatórios, mas que pode trazer benefícios significativos para o indivíduo. Continue sua leitura e saiba mais sobre o assunto!

Marca-passo Cerebral

O que é o marca-passo cerebral e quais as suas indicações?

O marca-passo cerebral, também conhecido como estimulador cerebral profundo (DBS, do inglês Deep Brain Stimulation), é um dispositivo médico implantado cirurgicamente no cérebro que envia impulsos elétricos para áreas específicas do cérebro para tratar sintomas de algumas doenças neurológicas.

As indicações do marca-passo cerebral incluem transtornos do movimento, como doença de Parkinson, distonia e tremor essencial, além de transtornos psiquiátricos, como depressão resistente ao tratamento e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Na doença de Parkinson, o marca-passo cerebral é geralmente usado quando os medicamentos não são mais eficazes no controle dos sintomas, como tremores, rigidez e lentidão dos movimentos. A estimulação elétrica ajuda a controlar esses sintomas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Na distonia, uma condição que causa espasmos musculares involuntários, o marca-passo cerebral pode ajudar a reduzir a dor, melhorar a postura e reduzir a frequência e gravidade dos espasmos.

No TOC, o marca-passo cerebral é usado para estimular o circuito neural que regula o humor e a motivação, ajudando a reduzir os sintomas do transtorno.

Embora o marca-passo cerebral possa ser uma opção de tratamento eficaz para essas condições, ele não é uma cura e pode não ser adequado para todos os pacientes. A decisão de usar dispositivo deve ser tomada em conjunto com um médico especialista em neurologia e cirurgia neurológica, após uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios individuais.

Como é colocado o marca-passo cerebral?

A colocação do marca-passo cerebral é um procedimento cirúrgico complexo que requer uma equipe médica especializada em neurologia e cirurgia neurológica.

Antes do procedimento, o paciente passa por uma série de exames de imagem do cérebro, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, para determinar a localização exata do alvo cerebral que será estimulado pelo dispositivo.

Durante a cirurgia, o indivíduo é anestesiado e a equipe médica realiza uma pequena abertura no crânio para acessar o cérebro. Em seguida, são colocados eletrodos finos e flexíveis em áreas específicas, que serão conectados a um gerador de pulso elétrico implantado sob a pele na região do tórax.

Os eletrodos são posicionados com o auxílio de equipamentos de imagem de alta precisão, como o monitoramento eletrofisiológico intraoperatório, que permite aos cirurgiões verificar a localização exata dos eletrodos em relação ao alvo cerebral e ajustá-los conforme necessário para garantir a precisão da estimulação.

Após a colocação dos eletrodos, o gerador de pulso é programado para enviar impulsos elétricos com frequência e intensidade específicas para o alvo cerebral a ser estimulado, com base nas necessidades individuais do paciente. A programação pode ser ajustada e refinada durante as consultas de acompanhamento para garantir a eficácia e minimizar os efeitos colaterais.

O procedimento geralmente leva várias horas e requer hospitalização por alguns dias para monitoramento e ajuste da medicação. A recuperação total pode levar várias semanas ou meses, durante as quais o paciente precisa seguir instruções específicas de cuidados pós-operatórios e realizar fisioterapia e outras terapias de reabilitação, conforme necessário.

O que esperar depois da colocação do  marca-passo cerebral?

Depois da colocação do marca-passo cerebral, os pacientes podem experimentar melhora nos sintomas da doença neurológica que estão sendo tratados, como tremores, rigidez e lentidão dos movimentos na doença de Parkinson, espasmos musculares na distonia, ou sintomas do TOC e depressão resistente ao tratamento.

No entanto, os pacientes podem enfrentar alguns efeitos colaterais após a cirurgia, como: 

  • dor de cabeça;
  • tontura;
  • náusea;
  • dificuldade de concentração;
  • alterações na visão;
  • alterações de humor;
  • problemas de sono.

Esses efeitos devem ser relatados e acompanhados junto ao profissional.

Os pacientes também precisam seguir um programa de cuidados pós-operatórios cuidadoso, que inclui manter a área cirúrgica limpa e seca, evitar atividades físicas intensas, levantar objetos pesados e dirigir até receber autorização médica. Além disso, eles precisam seguir as orientações de ajuste do dispositivo e a programação regular das consultas de acompanhamento para garantir que o marca-passo cerebral esteja funcionando de maneira adequada.

Os ajustes do dispositivo podem ser feitos para melhorar a eficácia do tratamento e reduzir os efeitos colaterais, e podem ser feitos durante as consultas de acompanhamento regulares com o médico especialista em neurologia e cirurgia neurológica.

É importante notar que a colocação do marca-passo cerebral não é uma cura para a doença neurológica, e os pacientes ainda precisam continuar a tomar medicamentos e outras terapias para controlar seus sintomas. O marca-passo cerebral é um tratamento complementar que pode ajudar a melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade dos pacientes com doenças neurológicas. 

Com a colocação do “MARCA-PASSO CEREBRAL”, muitos pacientes relatam uma melhora significativa em seus sintomas neurológicos após o tratamento. Os pacientes devem trabalhar em conjunto com seus médicos para determinar se o marca-passo cerebral é a melhor opção de tratamento para suas necessidades individuais.

Esperamos que o conteúdo de hoje tenha te ajudad. Para conversar com mais detalhes sobre esse tipo de tratamento, agende uma consulta com o Dr. Anselmo!

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