A Neurocirurgia Funcional é a subespecialidade médica que realiza o diagnóstico e tratamento de doenças de cunho neurológico que de alguma forma afetam a funcionalidade do paciente. Também pode oferecer suporte, por exemplo, a pacientes oncológicos que enfrentam dor durante a evolução do tumor e em decorrência das modalidades de tratamento. Os tipos de dor são muito variados, podendo afetar a vida funcional do indivíduo de maneira bastante pronunciada. Acompanhe a seguir quais são as principais modalidades desses acometimentos abordadas pela neurocirurgia funcional:

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Dor crônica

A dor aguda é a resposta a uma lesão, se caracterizando por ser intensa e de curta duração. Diversas pesquisas investigam os quadros em que a dor apresenta persistência mesmo após o cessar do estímulo e a cura da ferida.

Predisposição genética, tratamento não adequado e até mesmo danos às estruturas dos nervos podem fazer com que a resposta fisiológica de dor permaneça sendo emitida mesmo após a melhora da lesão inicial. Isso caracteriza uma dor crônica, que tem por definição a persistência por um período maior do que 3 meses.

Neuralgia do Trigêmio

A neuralgia do trigêmeo é uma disfunção do nervo trigêmeo, o quinto nervo craniano, que é responsável pelo transporte de informações sensoriais para o cérebro e pelo controle dos músculos envolvidos na mastigação. O quadro se caracteriza por episódios de duração média de alguns segundos a dois minutos nos quais há desconforto, dor e sensação de choque na face. Pode ocorrer quadro de dor contínua, mas, no geral, ela se manifesta de forma episódica, curta e esporádica.

Dor oncológica e Neurocirurgia Funcional

A dor oncológica pode ser provocada pelo tumor ou ser um desdobramento dos tratamentos. A dor pode ser aguda e cessar com a lesão. Também pode se manifestar de forma crônica persistente (contínua, mas que se controla com a medicação) ou crônica disruptiva (pouca resposta aos medicamentos, manifesta-se várias vezes ao dia e de maneira muito intensa).

O especialista em neurocirurgia funcional realiza uma investigação aprofundada do tipo de dor, com questionamentos sobre as formas de manifestação, duração, local e intensidade da dor. Podem ser utilizados tratamentos como os analgésicos ou bloqueio de nervos.

Dor em membro fantasma

A dor no membro fantasma ocorre porque, mesmo após a amputação, a região removida permanece dentro do mapeamento do cérebro. O quadro pode se manifestar de forma aguda, com latejamento, queimação e aperto, com grande intensidade.

Lesão e avulsão de plexo braquial

O plexo braquial é um conjunto de nervos que realizam o transporte de estímulos sensoriais e a movimentação dos membros superiores. Esses nervos são ramificações provenientes da medula espinhal. A lesão pode ocorrer em movimentos muito bruscos e à força de puxão dos braços ou da cabeça.

As principais modalidades de lesão do plexo braquial são estiramento (a estrutura é levemente esticada, danificando a proteção do nervo), ruptura ou avulsão (nesse caso, as raízes dos nervos são afastadas da medula espinhal). A ruptura e avulsão demandam cirurgia com um especialista em NEUROCIRURGIA FUNCIONAL. Já o estiramento pode demandar fisioterapia ou se curar sozinho.

Dor pós-herpes zóster

O quadro é a dor crônica na pele que é suprida por nervos que foram acometidos pelo vírus do herpes zóster (cobreiro) que é conhecido como varicela zóster e que também é causador da catapora. O cobreiro é uma infecção que tem como sintomas a formação de bolhas com inchaço, avermelhadas e preenchidas com líquido que são bastante dolorosas.

A dor pós-herpes zóster também é conhecida como neuralgia pós-herpética e conta com um funcionamento não totalmente compreendido na medicina. Ela se caracteriza pelo desconforto no local onde houve erupções cutâneas, que pode ocorrer de maneira constante ou intermitente e, por vezes, adquirir dimensões incapacitantes.

Dor neuropática

A dor neuropática ocorre quando os nervos, a medula ou o cérebro sofrem lesão ou quando os nervos estão com o funcionamento normal afetado por alguma patologia. Essa modalidade de dor se destaca pelo aspecto de hipersensibilidade ao toque e ao frio, além de sensação de queimadura e formigamento.

A dificuldade em movimentar determinada região devido à dor pode desencadear em atrofia dos músculos e restrição de mobilidade. A forma de operar dos nervos pode ser alterada, o que faz com que a dor sofra cronificação, ou seja, ela permanece mesmo após o cessar da causa original.

Síndrome de dor regional complexa/distrofia

A síndrome da dor regional complexa (SDRC) é uma dor crônica que se caracteriza pela sensação de queimação, formigamento e dor persistentes e pronunciadas. O quadro é acompanhado de manifestações como suor excessivo ou reduzido, queda de cabelo, alterações na pele (mudança de cor, na temperatura e lesão), fraqueza muscular, redução da massa de ossos e mudanças nas unhas (aumento da espessura e tendência à quebra).

Já a distrofia é um agregado de doenças neuromusculares de origem genética que provoca o enfraquecimento muscular progressivo, devido à atrofia a à degeneração do tecido muscular.

Dor de cabeça e enxaqueca

A dor de cabeça ou cefaleia pode ter causas diversas e se manifestar em forma constante ou intermitente. Quando primária, está associada diretamente à disfunção neurológica. Já quando é secundária, indica algum problema de saúde subjacente. Entre os vários tipos de cefaleia, a enxaqueca é uma dor em uma região da cabeça, que pode ou não latejar e alcançar níveis incapacitantes. É comum que a enxaqueca ocorra em pessoas que têm familiares com histórico da doença.

Há também quadros de dor de cabeça resultante de problemas cervicais, a chamada dor de cabeça cervicogênica. Cervical é a região superior da coluna, localizada no pescoço. A dor ocorre devido à concentração de tensão e dor local, que irradia para a cabeça.

Hérnia de disco

Os discos de cartilagem localizados entre as vértebras contam com um centro gelatinoso denominado núcleo que é envolto por uma parte mais resistente chamada anel. A hérnia de disco ocorre quando o líquido do núcleo é expelido por meio de uma rachadura do anel, o que danifica os nervos próximos. Pode provocar sintomas como dor, dormência e fraqueza nos membros, dependendo de onde a hérnia está localizada.

Hérnia cervical

É o quadro em que a hérnia de disco ocorre na região cervical da coluna, que é localizada no pescoço. Está relacionada a sintomas como dor no pescoço, omoplatas e membros superiores, formigamento e dormência. Em casos graves os sinais podem se manifestar também nos membros inferiores.

Dor lombar

A dor lombar pode estar relacionada a uma série de doenças, como a hérnia de disco, fraturas da coluna, doenças degenerativas causadas pelo envelhecimento ósseo, desalinhamento da coluna vertebral (espondilolistese) e estenose (estreitamento), que pode ocorrer nas regiões cervical e lombar.

Dor cervical

A dor cervical pode ser provocada por patologias como hérnia de disco cervical, estenose e doenças degenerativas provocadas pelo envelhecimento. É essencial a avaliação do neurocirurgião de coluna para um melhor acompanhamento do quadro e a realização dos tratamentos necessários.

Dor mielopática – trauma de coluna

Dor mielopática é aquela decorrente de lesão da medula espinhal. É recorrente ser uma dor refratária ao tratamento e que pode estar relacionada a sintomas como perda progressiva de movimentação, persa de sensibilidade e desaceleração da atividade de alguns órgãos do corpo. Isso ocorre porque a comunicação entre o sistema nervoso central e as outras localidades do organismo fica prejudicada.

O Dr. Anselmo Boa Sorte é neurocirurgião especialista em Neurocirurgia Funcional e trabalha com muita dedicação e cuidado no diagnóstico e tratamento dos vários tipos de dor. Entre em contato e agende sua consulta com o especialista!