Intratecal é a forma de administração de medicamento diretamente no líquido cefalorraquidiano (líquor) que circula entre o encéfalo e a medula. A Bomba Intratecal é uma tecnologia que injeta substâncias no líquor periodicamente, proporcionando potencialização da ação e redução de dosagens dos remédios, o que ameniza efeitos colaterais. Saiba mais a seguir!
O termo intratecal se refere uma via de administração de medicações diretamente na medula espinhal. A bomba intratecal é um dispositivo que é implantado sob a pele do abdômen e libera medicação na medula periodicamente por meio de um cateter. Ela conta com um reservatório que é abastecido periodicamente em consultório médico com ajuda de uma agulha, em períodos que variam de algumas semanas a 3 meses, a depender da dosagem e volume medicamentoso.
A BOMBA INTRATECAL é um procedimento invasivo de neurocirurgia e que não é utilizado como primeira opção. Ela é possível de ser usada com medicações que, apesar do seu resultado benéfico, também apresentam muitos efeitos colaterais, como a morfina e o baclofeno. Isso porque como a medicação é administrada diretamente no líquor da medula, a ação é potencializada e as doses podem ser muito menores, o que também reduz efeitos colaterais.
A morfina, que é usada no tratamento da dor, por exemplo, provoca reações adversas graves se administrada em altas doses, como depressão respiratória e circulatória, dor de cabeça, palpitações, retenção urinária, constipação, ressecamento da boca e prurido.
O baclofeno, aplicado para tratar espasticidade, pode ter como efeitos colaterais dificuldade para dormir, fadiga, tontura, distúrbios visuais, fraqueza dos membros superiores e inferiores e sintomas severos de abstinência com a interrupção repentina de uso. Com a Bomba Intratecal, podem ser usadas doses menores, o que reduz efeitos adversos.
A bomba intratecal é necessária quando o paciente preenche alguns critérios. Pode ocorrer do efeito da medicação ser positivo e as reações adversas ocorrerem de forma mínima, o que é muito favorável. Há também pacientes que têm pouco benefício e muitos efeitos colaterais, sendo que, nesse caso, ocorre a retirada do remédio.
E há também um grupo de pacientes que têm ótimos benefícios, mas também apresentam efeitos colaterais que tornam o uso da medicação inviável. Para esses, busca-se outras formas de administração da substância, como a via transdérmica. Após essas tentativas, pode-se discutir a via intratecal de administração medicamentosa, como possibilidade de solução cirúrgica que permite o uso de doses baixas e a potencialização dos efeitos.
Para medicações como morfina, baclofeno, ziconotide e clonidina, o resultado pode ser considerável, mas os efeitos adversos são também muito pronunciados. Assim, quanto menor a dosagem, melhor. A bomba intratecal possibilita potencializar o efeito do medicamento, já que ele pula etapas no processo de metabolização e alcança de forma mais direta sua região de influência.
Há modelos de bomba intratecal que são eletrônicos e funcionam com bateria que limita sua vida útil a um período de 4 a 6 anos. Ou a bomba usada pode ser a gás, durando de 10 a 15 anos e tendo como limitações o número de picadas para seu abastecimento. Assim, os principais fatores da durabilidade são o modelo e o volume de medicação administrado.
O paciente que usa bomba intratecal pode precisar de cuidado para evitar impacto na região do dispositivo, além de estar ciente de que um exame de ressonância magnética pode descalibrar a bomba. Se for realizar alguma cirurgia, deve avisar ao médico por causa do risco de uso de bisturi elétrico. Além disso, é provável que alguns detectores de metais identifiquem a presença do implante.
A Bomba Intratecal é um procedimento benéfico aos pacientes que se adequam aos critérios necessários. O Dr. Anselmo Boa Sorte é neurocirurgião funcional e realiza uma avaliação cuidadosa do paciente, prescrevendo as alternativas mais adequadas de tratamento para o caso. Entre em contato e agende a sua consulta!