A toxina botulínica em grandes quantidades e ingerida pode provocar botulismo, uma paralisia grave com manifestações a nível neurológico e gastrointestinal. Porém, em aplicações da forma correta, com doses pequenas e diluídas e na via intramuscular, a Toxina Botulínica Terapêutica possibilita controlar sintomas como rigidez em excesso e contrações involuntárias. Isso porque ela provoca um impedimento para o envio de neurotransmissores, de forma que a contração irregular e patológica não aconteça. Entenda mais sobre o assunto acompanhando o conteúdo a seguir!
Como a Toxina Botulínica Terapêutica age no organismo?
A toxina botulínica terapêutica, quando é administrada de forma intramuscular e em locais específicos, permite criar um bloqueio estratégico, que auxilia pacientes que estão com disfunções neurológicas em que há contração anormal da musculatura.
A nível celular, a Toxina Botulínica impede o envio de acetilcolina no encontro entre músculos e nervos e nas sinapses colinérgicas do sistema nervoso periférico. Assim, ela causa uma paralisia muscular a nível micro, em situações em que há contração e movimentação patológica.
Para que serve a Toxina Botulínica Terapêutica?
Destacamos que a TOXINA BOTULÍNICA TERAPÊUTICA não promove a cura da doença neurológica. Ela é utilizada no controle de sintomas e sequelas, contribuindo no ganho de qualidade de vida do paciente. Lembrando que o intervalo entre as aplicações depende do quadro tratado e é desenvolvido de forma personalizada, de acordo com o plano de aplicação elaborado pelo neurologista. Há uma série de indicações para a toxina botulínica terapêutica, veja abaixo:
Espasticidade: é um transtorno de movimento caracterizado por rigidez, tensão, aumento do tônus, aumento dos reflexos dos tendões e incapacidade de controlar os músculos.
Distonia: distúrbio de origem neurológica caracterizado pela contração involuntária, repetitiva ou intermitente de algum grupo muscular ou vários grupos.
Blefaroespasmo: é um tipo de distonia facial que se caracteriza pela contração involuntária dos músculos da pálpebra.
Espasmo hemifacial: é uma distonia facial em que há a contração involuntária da musculatura de uma metade do rosto. As contrações não trazem dor e estão relacionadas ao funcionamento anômalo do sétimo nervo craniano.
Hiperidrose: suor em volume excessivo, mesmo que a pessoa esteja em repouso e as condições ambientais não favoreçam a sudorese.
Sialorreia: quadro em que a produção de saliva é maior do que a capacidade do corpo de transportar o volume do líquido ao estômago.
Bruxismo: é a patologia em que a pessoa involuntariamente range, aperta ou bate os dentes, o que provoca dor facial, na cabeça e gengiva e desgaste dentário.
Enxaqueca crônica: uma modalidade de cefaleia de teor incapacitante que acomete um lado da cabeça e é acompanhada de náusea, enjoo e vômito.
Doenças neurodegenerativas: pessoas com doenças neurodegenerativas como Parkinson podem se beneficiar relativamente com aplicações de toxina botulínica terapêutica, pois a substância ajuda a amenizar a rigidez muscular e as contrações involuntárias.
Quais são os efeitos colaterais da Toxina Botulínica Terapêutica?
A Toxina Botulínica Terapêutica pode provocar dor na região onde foi aplicada e hematomas, que podem durar de 3 a 7 dias. O resultado máximo se manifesta dentro de uma a duas semanas e o efeito dura, em média, 3 a 6 meses. A regularidade de aplicações pode levar ao enfraquecimento do músculo que se contrai de forma patológica, de modo que os intervalos entre as aplicações sejam maiores e o efeito tenha mais durabilidade.
O Dr. Anselmo Boa Sorte é neurocirurgião especialista em dor. Ele faz o diagnóstico e tratamento de uma série de doenças neurológicas e realiza procedimentos como a aplicação de Toxina Botulínica Terapêutica. Trabalhando com muita dedicação e preocupação com o bem-estar dos seus pacientes, o especialista pode te ajudar. Entre em contato e agende a sua consulta!